O mundo de hoje exige de um profissional?
O mundo do trabalho pós-pandemia exige mais que formação acadêmica ou experiência. As transformações sociais, digitais e econômicas trouxeram à tona a importância de desenvolver um conjunto de competências que integram técnica, comportamento e sensibilidade humana.
Julio Cezar Andrade
5/14/20252 min ler
Competências Profissionais: resultados com propósito
No campo das competências profissionais, habilidades como estratégia, propósito, liderança, produtividade e gestão do tempo são indispensáveis. A liderança, nesse contexto, vai muito além de gerenciar: trata-se de conectar pessoas, alinhar objetivos e inspirar a equipe. É papel do gestor traçar estratégias assertivas que estejam em harmonia com os propósitos organizacionais e ajudar sua equipe a reconhecer o que realmente importa. A produtividade nasce do foco — e o foco vem da clareza sobre as prioridades. Por isso, a gestão adequada do tempo não só melhora os resultados, mas também fortalece a imagem individual e organizacional.
Competências Tecnológicas: adaptabilidade para inovar
No campo da tecnologia, adaptabilidade, conectividade, cooperação, inovação e transformação digital se tornaram essenciais. Vivemos em uma era em que quem domina o digital possui mais precisão, rapidez e recursos para tomar decisões estratégicas. Estar presente nesse novo mundo digital significa acompanhar tendências, adaptar-se constantemente e trabalhar de forma conectada. Isso exige engajamento e disposição para aprender continuamente. Mais que hard skills, é preciso desenvolver também soft e deep skills — habilidades profundas que envolvem consciência, valores e motivação. As relações humanas continuam sendo o eixo de sustentação de qualquer inovação que deseje ser duradoura e verdadeiramente transformadora.
Competências Socioemocionais: o diferencial humano
Por fim, as competências socioemocionais são o ponto de equilíbrio entre o fazer e o ser. Comunicação não-violenta, resiliência, proatividade, empatia e inteligência emocional são chaves para manter relações saudáveis e produtivas. A comunicação clara e assertiva favorece negociações, liderança e trabalho em equipe. A resiliência, por sua vez, é a capacidade de lidar com pressões e encontrar soluções com maturidade e equilíbrio. Profissionais resilientes enxergam além do problema — eles se preparam, treinam e mantêm a confiança em si mesmos. São flexíveis, criativos e positivos, mesmo diante das adversidades.
Pessoas proativas e disruptivas têm papel importante nesse cenário: elas se antecipam, inovam, integram e contribuem para a reinvenção das práticas organizacionais. A inteligência emocional integra tudo isso, permitindo que o indivíduo compreenda suas emoções, as do outro, e atue com equilíbrio entre razão e sentimento. Ela não só melhora a saúde mental e física, como também orienta todas as outras competências. Com empatia, por exemplo, entendemos que autocontrole sem compreensão do outro é vazio.
A inteligência emocional está no centro das relações humanas e deve estar presente tanto no ambiente familiar quanto corporativo. Seu uso consciente reduz riscos, orienta decisões mais justas e fortalece o coletivo.
No final das contas, o profissional que une competências técnicas, digitais e humanas está mais preparado para os desafios de um mundo em constante transformação — e mais próximo de uma vida plena e de um trabalho com propósito.
Fonte: PAVARINA, A.; ASSAOKA, J. A.; Exigências e Competências Profissionais para o Mundo do Trabalho Pós-Pandemia, p. 184-199.
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